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HISTÓRIA DE PORTUGAL

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Portugal

Portugal, oficialmente República Portuguesa, é um país localizado no Sudoeste da Europa, cujo território se situa na zona ocidental da Península Ibérica e em arquipélagos no Atlântico Norte. O território português tem uma área total de 92 090 km², sendo delimitado a norte e leste por Espanha e a sul e oeste pelo oceano Atlântico e compreendendo uma parte continental e duas regiões autónomas: os arquipélagos dos Açores e da Madeira. Portugal é a nação mais ocidental do continente europeu.

O território correspondente ao actual Portugal foi continuamente ocupado desde a Pré-História. Em 29 a.C. era habitado por vários povos, como os lusitanos, quando foi integrado no Império Romano como a província da Lusitânia e parte da Galécia, influenciando fortemente a cultura, nomeadamente a língua portuguesa, maioritariamente derivada do latim. Após a queda do Império Romano, estabeleceram-se aí povos germânicos como os visigodos e os suevos, e no século VIII seria ocupado por árabes.

Durante a Reconquista cristã foi formado o Condado Portucalense, primeiro como parte do Reino da Galiza e depois integrado no Reino de Leão. Com o estabelecimento do Reino de Portugal em 1139, cuja independência foi reconhecida em 1143, e a estabilização das fronteiras em 1249, Portugal reclama o título de mais antigo estado-nação europeu.

Durante os séculos XV e XVI, os portugueses foram pioneiros na exploração marítima, estabelecendo o primeiro império colonial de amplitude global, com possessões em África, na Ásia e na América do Sul, tornando-se uma potência mundial económica, política e militar. Em 1580, após uma crise de sucessão no trono real português, foi unido a Espanha na chamada União Ibérica que duraria até 1640. Após a Guerra da Restauração foi restabelecida a independência sob a nova dinastia de Bragança, com a separação das duas coroas e impérios. Tal dinastia, por sua vez, vem a ser um ramo colateral da dinastia de Avis 1385-1580, e, por conseguinte, descendente da casa real fundadora de Portugal, a dinastia de Borgonha 1139-1385. O terramoto de 1755 em Lisboa, as invasões espanhola 1762-1763 e napoleónicas 1808-1814, a perda da sua maior possessão territorial ultramarina, o Brasil, em 1822, seguidos da guerra civil 1828-1834, resultaram no desmembramento da estabilidade política e económica, reduzindo o estatuto de Portugal como potência global no século XIX.

Cale, a actual Vila Nova de Gaia, já era conhecida por Portucale no tempo dos Godos. Num diploma de 841, surge por incidente, a primeira menção da província portugalense. Afonso II das Astúrias, ampliando a jurisdição espiritual do Bispo de Lugo, diz:

Mas há quem afirme que Portugal deriva de Portogatelo, nome dado por um chefe oriundo da Grécia chamado Catelo, ao desembarcar e se estabelecer junto do actual Porto. A primeira vez que o nome de Portugal aparece como elemento de raiz heráldica, é numa carta de doação da Igreja de São Bartolomeu de Campelo por D. Afonso Henriques em 1129.

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 Os descobrimentos e a Dinastia Filipina

Com o fim da guerra, Portugal deu início ao processo de exploração e expansão conhecido por Descobrimentos, entre cujas figuras cimeiras destacam o infante D. Henrique, o Navegador, e o Rei D. João II. Ceuta foi conquistada em 1415. O cabo Bojador foi dobrado por Gil Eanes em 1434, e a exploração da costa africana prosseguiu até que Bartolomeu Dias, já em 1488, comprovou a comunicação entre os oceanos Atlântico e Índico dobrando o cabo da Boa Esperança. Em rápida sucessão, descobriram-se rotas e terras na América do Norte, na América do Sul, e no Oriente, na sua maioria durante o reinado de D. Manuel I, o Venturoso. Foi a expansão no Oriente, sobretudo graças às conquistas de Afonso de Albuquerque que, durante a primeira metade do século XVI, concentrou quase todos os esforços dos portugueses, muito embora já em 1530 D. João III tivesse iniciado a colonização do Brasil.

O país teve o seu século de ouro durante este período. Porém, na batalha de Alcácer-Quibir 1578, o jovem rei D. Sebastião e parte da nobreza portuguesa pereceram. Sobe ao trono o Rei-Cardeal D. Henrique, que morre dois anos depois, abrindo a Crise de sucessão de 1580: esta resolve-se com a chamada monarquia dualista, em que Portugal e Espanha mantendo coroas separadas eram regidas pelo mesmo rei, também chamada União Ibérica, com a subida ao trono português de Filipe II de Espanha, o primeiro de três reis espanhóis Dinastia Filipina. Privado de uma política externa independente, e envolvido na guerra travada por Espanha com a Holanda, Portugal sofreu grandes reveses no império, resultando na perda do monopólio do comércio no Índico.

Esse domínio foi terminado a 1 de Dezembro de 1640 pela nobreza nacional que, após ter vencido a guarda real num repentino golpe-de-estado, depôs a condessa governadora de Portugal,

coroando D. João IV como Rei de Portugal.

 República, Estado Novo e Democracia

A República é pouco depois instaurada, a 5 de Outubro de 1910, e o jovem rei D. Manuel II parte para o exílio em Inglaterra. Após vários anos de instabilidade política, com lutas de trabalhadores, tumultos, levantamentos, homicídios políticos e crises financeiras problemas que a participação na I Guerra Mundial contribuiu para aprofundar, o Exército tomou o poder, em 1926. O regime militar nomeou ministro das Finanças António de Oliveira Salazar 1928, professor da Universidade de Coimbra, que pouco depois foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros 1932.

Ao mesmo tempo que restaurou as finanças, instituiu o Estado Novo, regime autoritário de corporativismo de Estado, com partido único e sindicatos estatais, com afinidades bem marcadas com o fascismo pelo menos até 1945. Em 1968, afastado do poder por doença, sucedeu-lhe Marcelo Caetano.

A recusa do regime em descolonizar as províncias ultramarinas resultou no início da guerra colonial, primeiro em Angola 1961 e em seguida na Guiné-Bissau 1963 e em Moçambique 1964. Apesar das críticas de alguns dos mais antigos oficiais do Exército, entre os quais o general António de Spínola, o governo parecia determinado em continuar esta política. Com o seu livro Portugal e o Futuro, em que defendia a insustentabilidade de uma solução militar nas guerras do Ultramar, Spínola seria destituído, o que agravou o crescente mal-estar entre os jovens oficiais do Exército, os quais, no dia 25 Abril de 1974 desencadearam um golpe de estado, conhecida como a Revolução dos Cravos.

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 Geografia

Situado no extremo sudoeste da Europa, Portugal Continental faz fronteira apenas com um outro país, Espanha. O território é dividido no continente pelo rio principal, o Tejo. A norte, a paisagem é montanhosa nas zonas do interior com planaltos, intercalados por áreas que permitem o desenvolvimento da agricultura. A sul, até ao Algarve, o relevo é caracterizado por planícies, sendo as serras esporádicas. Outros rios principais são o Douro, o Minho e o Guadiana, que tal como o Tejo nascem em Espanha. Entre os rios que têm todo o seu percurso no território Português temos o Vouga, o Sado e o maior, o Mondego que nasce na Serra da Estrela, a montanha mais alta de Portugal Continental – 1993 m de altitude máxima, e a 2.ª mais alta de Portugal - apenas atrás da Montanha do Pico, nos Açores.

As ilhas dos Açores estão localizadas no rifte médio do oceano Atlântico; algumas das ilhas tiveram actividade vulcânica recente: São Miguel em 1563, e Capelinhos em 1957, que aumentou a área ocidental da Ilha do Faial. O Banco D. João de Castro é um grande vulcão submarino que se situa entre as ilhas Terceira e São Miguel e está 14 m abaixo da superfície do mar. Entrou em erupção em 1720 e formou uma ilha, que permaneceu acima da tona de água durante vários anos. Uma nova ilha poderá surgir num futuro não muito distante. O ponto mais alto de Portugal é a Montanha do Pico na Ilha do Pico, um vulcão que atinge 2351 m de altitude.

 Clima

Portugal tem um clima mediterrânico, Csa no sul e Csb no norte, de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger Portugal é um dos países europeus mais amenos: a temperatura média anual em Portugal continental varia dos 13 °C no interior norte montanhoso até 18 °C no sul, na bacia do Guadiana. Os Verões são amenos nas terras altas do norte do país e na região litorânea do extremo norte e do centro. O Outono e o Inverno são tipicamente ventosos, chuvosos e frescos, sendo mais frios nos distritos do norte e central do país, nos quais ocorrem temperaturas negativas durante os meses mais frios. No entanto, nas cidades mais ao sul de Portugal, as temperaturas só muito ocasionalmente descem abaixo dos 0 °C, ficando-se pelos 5 °C na maioria dos casos.

Normalmente, os meses de Primavera e Verão são ensolarados e as temperaturas são altas durante os meses secos de Julho e Agosto, podendo ocasionalmente passar dos 40 °C em boa parte do país, em dias extremos,e com maior frequência no interior do Alentejo. No Verão as temperaturas podem mesmo subir até aos 50 °C como está documentado num estudo climatológico realizado recentemente, por exemplo no Parque Arqueológico do Vale do Côa, no vale do Douro Em algumas regiões, como nas bacias do Tejo e do Douro, as temperaturas médias anuais podem chegar a atingir os 20 °C.

O maior valor da temperatura máxima do ar de 50,5 °C foi registada em Riodades, São João da Pesqueira. A precipitação total anual média varia de pouco mais de 3000 mm nas montanhas do norte a menos de 600 mm em zonas do sul do Alentejo. O país tem à volta de 2500–3200 horas de sol por ano, e uma média de 4–6 horas no Inverno e 10–12 horas no Verão, com valores superiores no sudeste e inferiores no noroeste.

A neve ocorre regularmente em quatro distritos no norte do país Guarda, Bragança, Vila Real e Viseu e diminui a sua ocorrência em direcção ao sul, até se tornar inexistente na maior parte do Algarve. No Inverno, temperaturas inferiores a -10 °C e nevões ocorrem com alguma frequência em pontos restritos, tais como a Serra da Estrela, a Serra do Gerês e a Serra de Montesinho, podendo nevar de Outubro a Maio nestes locais.

A população portuguesa é composta por 16,4% com idade compreendida entre os 0 e os 14 anos, 66,2% entre os 15 e os 64 anos e 17,4% com mais de 65 anos. A esperança média de vida é de 78,04 anos. Em termos de alfabetização, 93,3% sabem ler e escrever, tendo a taxa de analfabetismo vindo a descer ao longo dos anos. O crescimento populacional situa-se nos 0,305%, nascendo 10,45 por cada mil habitantes e falecendo 10,62 por cada mil habitantes, o que faz com que a população não esteja a ser renovada, contribuindo para este facto a taxa de fertilidade que se situa nos 1,49. Portugal é um dos países com mais baixa taxa de mortalidade infantil 5 por mil no mundo.

Apesar de Portugal ser um país desenvolvido, ainda existe população sem acesso a água canalizada e electricidade, embora em número bastante reduzido. O saneamento básico ainda não abrange todo o território, sendo a região do Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo onde existe um maior número de população com acesso. Actualmente, ainda existe um grande número de habitações com fossa séptica, apesar de algumas não terem qualquer saneamento. O acesso à saúde é garantido a toda a população, sendo o acesso aos medicamentos garantido a 95 – 100% da população.

Vivem em Portugal cerca de 451 mil imigrantes dados de 2009, o que representa aproximadamente 5% da população portuguesa, sendo a maioria oriunda do Brasil 115.882, da Ucrânia 52.253, de Cabo Verde 48.417, entre outros, tais como Moldávia, Roménia, Guiné-Bissau, Angola, Timor-Leste, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Rússia.

O protestantismo em Portugal possui várias denominações actuantes maioritariamente de cultos com inspiração evangélica neopentecostal ex: Assembleias de Deus em Portugal e Igreja Maná ou de imigração brasileira ex: Igreja Universal do Reino de Deus.

As Testemunhas de Jeová contam com perto de 50 000 praticantes em Portugal, distribuídos por cerca de 650 congregações, sendo que os simpatizantes alcançam um número similar. Mais de 95 000 pessoas assistiram em 2007 à sua principal celebração, a Comemoração da Morte de Cristo. A religião está presente no país desde 1925, tendo sido proscrita oficialmente entre 1961 e 1974, período em que operou na clandestinidade. Em Dezembro de 1974, a Associação das Testemunhas de Jeová foi legalmente reconhecida, tendo hoje a sua sede em Alcabideche. Portugal é um dos 236 países onde esta denominação religiosa se encontra actualmente activa.

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A comunidade judaica em Portugal conseguiu manter-se até à actualidade, não obstante a ordem de expulsão dos Judeus a 5 de Dezembro de 1496 por decreto do Rei D. Manuel I, obrigando muitos a escolher entre conversões forçadas ou a efectiva expulsão do país, ou à prisão e consequentes penas decretadas pela Inquisição portuguesa, que, precisamente por este motivo acabou por ser uma das mais activas na Europa. A forma como o culto se desenvolveu na vila raiana de Belmonte é um dos exemplos de perseverança dos judeus como unidade em Portugal. Em 1506, em Lisboa, dá-se um massacre de Judeus em que perderam a vida entre 2 000 e 4 000 pessoas, um dos mais violentos na época, a nível europeu.

Existem ainda minorias islâmicas 15 000 pessoas e hindus, com base, na sua maioria, em descendentes de imigrantes, bem como alguns focos pontuais alguns apenas a nível regional de budistas, gnósticos e espíritas.

A Constituição Portuguesa garante liberdade religiosa total e a igualdade entre religiões, apesar da Concordata que privilegia a Igreja Católica, em várias dimensões da vida social, pelo que é comum, em algumas cerimónias oficiais públicas como inaugurações de edifícios ou eventos oficiais de Estado, haver a presença de um representante da Igreja Católica. No entanto, a posição religiosa dos políticos eleitos é normalmente considerada irrelevante pelos eleitores. A exemplo disso, dois dos últimos Presidentes da República Mário Soares e Jorge Sampaio eram pessoas assumidamente laicas.

O Governo é chefiado pelo Primeiro-Ministro, que é por regra o líder do partido mais votado em cada eleição legislativa, e é convidado, nessa forma, pelo Presidente da República para formar governo. É o Primeiro-Ministro quem nomeia os restantes ministros. Reside oficialmente na Residência Oficial do Primeiro-Ministro, próximo do Palácio de São Bento, em Lisboa.

Os Tribunais administram a justiça em nome do povo, defendendo os direitos e interesses dos cidadãos, impedindo a violação da legalidade democrática e dirimindo os conflitos de interesses que ocorram entre diversas entidades. Segundo a Constituição existem as seguintes categorias de tribunais: Tribunal Constitucional, que tem a competência interpretar a Constituição e fiscalizar a conformidade das leis com a mesma; o Supremo Tribunal de Justiça e os tribunais judiciais de primeira instânciaTribunais de Comarca e de segunda instância Tribunais da Relação; o Supremo Tribunal Administrativo e os tribunais administrativos e fiscais de primeira e segunda instância Tribunais Centrais Administrativos; e o Tribunal de Contas.

Desde 1975, o panorama político português tem sido dominado por dois partidos: o Partido Socialista  e o Partido Social Democrata . Estes partidos têm dividido as tarefas de governar e administrar a maioria das autarquias, praticamente desde a instauração da democracia. No entanto, partidos como o Partido Comunista Português , que detém ainda a presidência de autarquias e uma grande influência junto do movimento sindical ou o CDS - Partido Popular que já governou o país em coligação com o PS e com o PSD são também importantes no xadrez político. Para além destes, têm assento no Parlamento o Bloco de Esquerda  e o Partido Ecologista "Os Verdes".

Forças militares e policiais

 As forças armadas têm três ramos: Exército, Marinha e Força Aérea. Os militares de Portugal servem, sobretudo, como uma auto-defesa vigorosa cuja missão é proteger a integridade territorial do país, e fornecer assistência humanitária e de segurança no país e no estrangeiro. Desde o início da década de 2000, o serviço militar obrigatório já não é praticado. A idade para o recrutamento voluntário é fixada nos 18 anos. No século XX, Portugal esteve envolvido em duas grandes intervenções militares: a Primeira Guerra Mundial e a Guerra Colonial Portuguesa 1961–1974.

Portugal tem participado em missões de manutenção da paz em Timor-Leste, Bósnia e Herzegovina, Kosovo, Afeganistão, Iraque Nasiriyah, e no sul do Líbano. Portugal possui uma Brigada de Reacção Rápida, uma Brigada Mecanizada e uma Brigada de Intervenção. Estes 3 escalões de força aglutinam sobre si os mais diversos ramos e especialidades da disciplina militar, contendo assim, unidades de engenharia, cavalaria, artilharia e infantaria, inserindo-se nesta ultima as unidades de tropas especiais,como, comandos, para-quedistas e operações especiais.

A segurança da população está a cargo da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública. Para além destas, Portugal possui a Polícia Judiciária ,que é o principal órgão policial de investigação criminal do país, vocacionado para o combate à grande criminalidade, nomeadamente ao crime organizado, terrorismo, tráfico de estupefacientes, corrupção e criminalidade económica e financeira. A Polícia Judiciária está integrada no Ministério da Justiça, actuando sob orientação do Ministério Público.

 Áreas urbanas

Uma outra versão da divisão administrativa portuguesa, que está actualmente em processo de implantação a diferentes velocidades consoante as várias estruturas, gira em volta de "áreas urbanas", definidas como unidades territoriais contínuas constituídas por agrupamentos de concelhos. 

 Economia

Desde 1985, o país entrou num processo de modernização num ambiente bastante estável 1985 até à actualidade e juntou-se à União Europeia em 1986. Os sucessivos governos fizeram várias reformas, privatizaram muitas empresas controladas pelo Estado e liberalizaram áreas-chave da economia, incluindo os sectores das telecomunicações e financeiros. Portugal desenvolveu uma economia crescentemente baseada em serviços e foi um dos onze membros fundadores da moeda europeia – o Euro – em 1999. Começou a circular a sua nova moeda em 1 de Janeiro de 2002 com 11 outros estados membros da União Europeia.

O crescimento económico português esteve acima da média da União Europeia na maior parte da década de 1990. O PIB per capita ronda os 76% das maiores economias ocidentais europeias. A lista ordenada anual de competitividade de 2005 do Fórum Económico Mundial, coloca Portugal no 22º lugar, à frente de países como a Espanha, Irlanda, França, Bélgica e da cidade de Hong Kong. Esta classificação representa uma subida de dois lugares face à posição de 2004. No contexto tecnológico, Portugal aparece na 34ª posição da lista e na rubrica das instituições públicas, Portugal é 24ª melhor.

Em parte, com o recurso a fundos da União Europeia, o país fez nas duas últimas décadas investimentos avultados em várias infraestruturas, dispondo hoje de uma extensa rede de auto-estradas e beneficiando de boas acessibilidades rodoviárias e ferroviárias.

Com um passado predominantemente agrícola, actualmente e devido a todo o desenvolvimento que o país registou, a estrutura da economia baseia-se nos serviços e na indústria, que representam 67,8% e 28,2% do VAB A agricultura portuguesa está bem adaptada devido ao clima, relevo e solos favoráveis. Nas últimas décadas, intensificou-se a modernização agrícola, embora ainda cerca de 12% da população activa trabalhe na agricultura. As oliveiras 4000 km², os vinhedos 3750 km², o trigo 3000 km² e o milho 2680 km² são produzidos em áreas bastante vastas. Os vinhos especialmente o Vinho do Porto e o Vinho da Madeira e azeites portugueses são bastante apreciados devido à sua qualidade. Também, Portugal é produtor de fruta de qualidade seleccionada, nomeadamente as laranjas algarvias, a pêra-rocha da região Oeste, a cereja da Gardunha e a banana da Madeira. Outras produções são de horticultura ou floricultura, como a beterraba doce, óleo de girassol e tabaco.

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 Turismo

O Algarve, no Sul de Portugal, é por excelência um pólo turístico internacional, de muitos nacionais e europeus, sobretudo britânicos. O clima e a temperatura da água são os principais factores que contribuem para o grande crescimento do turismo nesta região.

Já Lisboa atrai muitos turistas pela história e pelo recheio de monumentos como o Aqueduto das Águas Livres, a Sé Catedral, a Baixa Pombalina, a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos. Os seus grandes pontos turísticos são os museus nacionais de Arte Antiga, dos Coches e do Azulejo, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Centro Cultural de Belém e o Teatro Nacional de São Carlos. De destacar também o Oceanário de Lisboa, a diversão nocturna e toda a área envolvente ao recinto da Exposição Mundial de 1998.

A Península de Setúbal tem várias características naturais e culturais destacando-se a Serra da Arrábida, as praias de Almada e Sesimbra, a baía natural do Seixal, as salinas de Alcochete, os moinhos de maré, as embarcações típicas do Tejo e Sado, as antigas vilas piscatórias e toda a fauna e flora ribeirinha.

No norte, o Porto é uma cidade que vem conquistando um lugar de relevo no panorama cultural do país e da Europa. Foi Capital Europeia da Cultura em 2001. A Fundação de Serralves e a Casa da Música são de visita obrigatória, bem como a Torre dos Clérigos ex-libris da cidade e a Sé destacando-se também o Teatro Nacional São João, os Jardins do Palácio de Cristal e toda a zona do centro histórico.

 Infraestrutura

Educação

O Sistema Educativo em Portugal é regulado pelo estado através do Ministro da Educação, e do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O sistema de educação pública é o mais usado e mais bem implementado, existindo também escolas privadas em todos os níveis de educação.

Em Portugal a educação é iniciada obrigatoriamente para todos os alunos aos 6 anos de idade. A escolaridade obrigatória é de 12 anos. O primeiro nível de ensino, o Ensino Básico, está dividido em ciclos: 1.º ciclo 1.º ao 4.º ano; 2.º ciclo 5.º ao 6.º ano; e 3.º ciclo 7.º ao 9.º ano.

No final de cada ciclo, os alunos realizam provas de aferição 1.º e 2.º ciclos e exames nacionais 3.º ciclo, às disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. As provas avaliam os alunos sobre a matéria leccionada durante o ciclo correspondente.

O nível seguinte é designado por Ensino Secundário, abrangendo os 10.º, 11.º e 12.º anos. Tem um sistema de organização próprio, diferente dos restantes ciclos. A mudança de ciclo pode, em vários casos, ser marcada pela mudança de escola, sendo, por exemplo, as escolas que abrangem o 1.º ciclo mais pequenas que as restantes, tendo em média cerca de 200 alunos, enquanto que as do 2.º e 3.º ciclos e as secundárias podem facilmente atingir os 2000 alunos.

Existe ainda a possibilidade de qualquer estudante poder frequentar Cursos de Formação e de Educação, que dão equivalência ao 9.º ano, e Cursos Profissionais, que dão equivalência ao 12.º, ao abrigo da Iniciativa Novas Oportunidades. Para além das habilitações literárias, o estudante recebe ainda certificação profissional. Assim, todos os estudantes podem concluir o Ensino Secundário, em regime diurno ou nocturno. Estes cursos estão disponíveis em escolas profissionais ou mesmo em escolas comuns.

 Ciência e Tecnologia

As actividades de investigação científica e tecnológica em Portugal são sobretudo conduzidas no âmbito de uma rede de unidades de I&D pertencentes a universidades públicas e estatais de gestão autónoma de investigação, em instituições como o INEGI - Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial, INESC - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores ou INETI – Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação. O financiamento deste sistema de investigação é conduzido principalmente sob a autoridade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. As maiores unidades de I&D das universidades públicas, em número significativo de publicações, que alcançou o reconhecimento internacional, incluem instituições de investigação de biociências como o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, o Instituto de Medicina Molecular, o Centro de Neurociências e Biologia Celular, o IPATIMUP, e o Instituto de Biologia Molecular e Celular. Dentre as universidades privadas, centros de investigação notáveis incluem o Laboratório de Expressão Facial da Emoção. Dos centros de investigação notáveis apoiados pelo Estado, está o Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia, um esforço de investigação conjunta entre Portugal e Espanha. Entre as maiores instituições não estatais está o Instituto Gulbenkian de Ciência e a Fundação Champalimaud, que atribui anualmente um dos mais elevados prémios monetários do mundo relacionado com a ciência. Uma série de empresas nacionais e multinacionais de alta tecnologia, são também responsáveis por projectos de investigação e desenvolvimento. Uma das mais antigas academias de Portugal é a Academia das Ciências de Lisboa.

Portugal fez acordos com várias organizações científicas europeias com vista à plena adesão. Estas incluem a Agência Espacial Europeia , o Laboratório Europeu de Física de Partículas , o ITER, e o Observatório Europeu do Sul . Portugal tem entrado em acordos de cooperação com o MIT  e outras instituições norte-americanas, a fim de desenvolver e aumentar a eficácia do ensino superior e de investigação em Portugal.

 

 Energia

Portugal é um país altamente deficitário em termos energéticos, importando actualmente a totalidade dos combustíveis fósseis que consome. Tal facto implica que em 2005 Portugal importou 87,3 % da energia total que consumiu. Relativamente à produção de electricidade, Portugal produziu em 2005 85 % da electricidade que consumiu importando os restantes 15 %. A produção doméstica total nesse mesmo ano foi 46 575 GWh repartida do seguinte modo em termos das fontes utilizadas: não renováveis 80,8 % carvão 32,7 %, gás natural 29,2 %, petróleo 18,9 %; renováveis 19,2 % hidroeléctrica 11 %, eólica 3,8 %, biomassa 3,0 %, outras 1,4 %.

Contudo, pela primeira vez na sua história, Portugal, nos primeiros 5 meses de 2010, teve uma balança comercial de energia eléctrica positiva, exportando mais energia que a que importou 982 GWh contra 946GWh.

Energias renováveis

O governo de Portugal pretende que até 2010, 45 % da electricidade produzida seja obtida a partir de fontes renováveis. A Barragem do Alqueva, no Alentejo — servindo a irrigação dos campos e gerando energia hidroeléctrica, que criou o maior lago artificial na região ocidental da Europa e foi um dos maiores projectos de investimento do país.

Em 2007, foi inaugurada uma das maiores centrais de energia solar fotovoltaica do mundo 11 MW, em Brinches, concelho de Serpa e em fase de construção encontra-se aquela que será a maior do mundo no seu tipo 62 MW, situada em Amareleja, concelho de Moura, cuja montagem deverá estar totalmente concluída em 2010. Paralelamente a primeira exploração comercial do mundo da energia das ondas do mar entrou em funcionamento em Setembro de 2008, 5 km ao largo de Aguçadoura, concelho de Póvoa de Varzim. Também a potência instalada em parques eólicos será aumentada para 5100 MW em 2012 contra os 2000 MW instalados até meados de 2007 enquanto a potência hidroeléctrica instalada deverá atingir os 7000 MW em 2020 contra os cerca de 5000 MW de 2005. Os investimentos em energias renováveis em Portugal poderão totalizar 12 mil milhões de euros até 2012 e 120 mil milhões de euros até 2020.

Portugal é membro-fundador da agência IRENA, aquando da sua formação no ano de 2009, que visa a promoção das energias renováveis.

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 Comunicações

Portugal tem uma das mais altas taxas de penetração de telemóveis no mundo, sendo que o número de aparelhos de comunicações móveis já ultrapassou o número da população total à data de 2007, o número de utilizadores era de 13 413 milhões. Esta rede também oferece conexões sem fio à Internet móvel, e abrange todo o território. No final do primeiro trimestre de 2008 existiam em Portugal cerca de 1,713 milhões de utilizadores com acesso à internet em banda larga móvel e cerca 1,58 milhões de acessos à Internet fixa, dos quais aproximadamente 1,52 milhões em banda larga. Pela primeira vez, o número de utilizadores de banda larga móvel ultrapassou o número de clientes de banda larga fixa.

A maioria dos portugueses assiste à televisão através de cabo. Tendo em conta os crescimentos em ambas as tecnologias, no final do primeiro trimestre de 2008, os assinantes dos serviços de TV por subscrição suportados em redes de distribuição por cabo ou satélite DTH representavam cerca de 36,2 por cento dos alojamentos, mais 1 ponto percentual do que no trimestre anterior. A penetração destes serviços continua a ser superior à média nas Regiões Autónomas que também verificaram crescimentos significativos.

A rádio é denominada pela Rádio e Televisão de Portugal . Actualmente, a RTP, empresa pública estatal, tem três emissoras: Antena 1, Antena 2 e Antena 3. Para além destas, existem emissoras privadas, sendo as mais conhecidas e antigas, a Rádio Renascença, a Rádio Comercial e o Rádio Clube Português.

Por iniciativa do Governo, a constituição da Rádio e Televisão de Portugal , SARL é feita a 15 de Dezembro de 1955. Em 1975, a RTP foi nacionalizada, transformando-se na empresa pública Radiotelevisão Portuguesa, mais tarde Rádio e Televisão de Portugal. Nos finais do século, o Estado concedeu licença para a criação de duas estações de televisão: SIC 1992 e TVI 1993. Actualmente, estes são os únicos quatro canais em sinal aberto existentes em Portugal. Para além dos canais nacionais, existem dois regionais: RTP Açores 1975 e RTP Madeira 1972.

O jornal Açoriano Oriental é o jornal mais antigo de Portugal e está entre os dez mais antigos do Mundo. Foi fundado a 18 de Abril de 1835. Vários jornais têm surgido ao longo dos anos, sendo de destacar os jornais O Século, o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias. Em Portugal, existem várias revistas nas bancas sobre os mais variados temas, sendo as que tratam os assuntos da vida social que tem mais leitores. Destas, a Nova Gente, a Caras, a Lux, a VIP e a Flash são as mais vendidas.

 Cultura

Literatura

Na literatura portuguesa, é eminente a poesia, estando entre os maiores poetas portugueses de todos os tempos Luís de Camões e Fernando Pessoa, aos quais se pode acrescentar Antero de Quental, Eugénio de Andrade, Sophia de Mello Breyner Andresen, Florbela Espanca, Cesário Verde, António Ramos Rosa, Mário Cesariny, Herberto Helder, Al Berto, Alexandre O'Neill e Ruy Belo, entre outros. Na prosa, Damião de Góis, o Padre António Vieira, Almeida Garrett, Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Miguel Torga, Fernando Namora, Nuno Bragança, José Cardoso Pires, António Lobo Antunes, e José Saramago Nobel de Literatura são nomes de grande relevo. No teatro, têm destaque, para além da figura maior de Gil Vicente, António José da Silva — dito «o Judeu» — e Bernardo Santareno.

 Arquitectura

Após um período românico alargado até ao século XVIII, Portugal destacou-se pelo desenvolvimento do manuelino, um gótico tardio financiado pelos chamados descobrimentos, caracterizado pela profusão de elementos marítimos. A arquitectura popular marcou a arquitectura dos anos 1950, no chamado "Português Suave" que prevaleceu até ao final do Salazarismo. A arquitectura contemporânea portuguesa contrapõe tradições à intenção de inovar, desenvolvida por várias gerações desde meados do século XX até aos nossos dias. Álvaro Siza prémio Pritzker, Fernando Távora, Eduardo Souto de Moura prémio Pritzker, Raul Hestnes Ferreira, Rui Jervis Atouguia, Jorge Ferreira Chaves, Francisco Conceição Silva, Keil do Amaral, Cassiano Branco, Pancho Guedes, Francisco Castro Rodrigues, Manuel Tainha, Vítor Figueiredo, Gonçalo Byrne, Adalberto Dias e Tomás Taveira são alguns dos mais notáveis arquitectos portugueses da época contemporânea.

 Gastronomia

A gastronomia é muito rica em variedade e do agrado de nacionais e estrangeiros em geral. Cada zona do país tem os seus pratos típicos, incluindo os mais diversificados alimentos, passando pelas carnes de gado, carneiro, porco e aves, pelos variados enchidos, pelas diversas espécies de peixe fresco e marisco grande variedade de pratos de bacalhau. Entre os queijos sobressaem os da Serra da Estrela, de Azeitão e de São Jorge, entre muitos outros.

Portugal é um país fortemente vinícola, sendo célebres os vinhos do Douro, do Alentejo e do Dão, os vinhos verdes do Minho, e os licorosos do Porto e da Madeira. Em doçaria, e por entre uma enorme variedade de receitas tradicionais, são muito famosos os chamados Pastéis de nata ou pastéis de Belém, assim denominados na região de Lisboa apenas, mantendo-se o segredo da sua confecção bem guardado, assim como os ovos moles de Aveiro, o pastel de Tentúgal, a sericaia ou o pão-de-ló de Ovar, a par de muitos outros.

De entre os pratos típicos, são de destacar o cozido à portuguesa, o bacalhau à Brás, à Gomes de Sá ou em pastéis, as espetadas da Madeira, o cozido vulcânico dos Açores São Miguel, o leitão assado à moda da Bairrada os rojões de Aveiro e do Minho, a chanfana da Beira, a carne de porco à alentejana, os peixes grelhados em todo o país, as tripas da região do Porto, as pataniscas da região de Lisboa ou o gaspacho do Alentejo e Algarve. A cozinha portuguesa influenciou também outras gastronomias, tais como a japonesa, com a introdução da tempura.

FONTE WIKIPÉDIA

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