- CASTELOS E FORTALEZAS
 - LUIS DE CAMÕES
 - HISTÓRIA DA PESCA
 - HISTORIADORES
 - CATASTROFES
 - PINT PORTUGUESES
 - CASTELOS PORTUGAL
                        
- CASTELO BRANCO
 - CASTRO MARIM
 - CASTELO MONSANTO
 - CAST.DE ARRAIOLOS
 - CASTELO DE ÁLCÁCER
 - SANTIAGO DO CACÉM
 - CASTELO DE OURÉM
 - CASTELO DO SABUGAL
 - CASTELO DE LAMEGO
 - CASTELO ABRANTES
 - CASTELO DE SILVES
 - CASTELO DE MERTOLA
 - CASTELO DE CHAVES
 - CAST DE PORTALEGRE
 - CASTELO DE POMBAL
 - CAST DE BRAGANÇA
 - CASTELO DE BELMONTE
 - VILA DA FEIRA
 - CASTELO DE ESTREMOZ
 - CASTELO DE BEJA
 - CASTELO ALMOUROL
 - CAST.MONT. O VELHO
 - CASTELO DE PENELA
 - CASTELO DE MARVÃO
 - CASTELO DE ÓBIDOS
 - CASTELO DE LEIRIA
 - CASTELO DE S.JORGE
 - CASTELO DOS MOUROS
 - CASTELO DE ELVAS
 - CASTELO DE LAGOS
 - CASTELO DE VIDE
 - CASTELO DE SORTELHA
 - CASTELO DE ALTER
 - TORRES NOVAS
 - CASTELO DE TAVIRA
 - CASTELO SESIMBRA
 - CASTELO DE ÉVORA
 - CASTELO DE SANTARÉM
 - CASTELO DE SERPA
 - CASTELO DE TOMAR
 - CASTELO DE MELGAÇO
 - CASTELO DE COIMBRA
 - CASTELO PORTO DE MÓS
 - CASTELO DE PALMELA
 
 - FORTALEZAS
                        
- PRAÇA FORTE ALMEIDA
 - FORTE STA CRUZ
 - MURALHAS DO PORTO
 - FORTE DAS FORMIGAS
 - FORTE S.SEBASTIÃO
 - FORTE S LOURENÇO
 - FORTE DE SÃO FILIPE
 - S.JULIÃO DA BARRA
 - TORRE DE BELÉM
 - FORTE DE PENICHE
 - FORTE SÃO JOÃO DA FOZ
 - FORTE DO QUEIJO
 - SÃO TIAGO DA BARRA
 - FORTE SÃO JOSÉ
 - F.DE JUROMENHA
 - FORTE DO OUTÃO
 - FORTE DE SÃO BRÁS
 - FORTE DO BUGIO
 - MURALHAS DE VISEU
 - FORTALEZA DE SAGRES
 - FORTE DA GRAÇA
 - FORTE MIGUEL ARCANJO
 - FORTE SENH.DA GUIA
 - FORTE DO PESSEGUEIRO
 - FORTE DE SACAVÉM
 - STO.ANTONIO BARRA
 - SÃO TIAGO DO FUNCHAL
 - FORTALEZA DO ILHÉU
 - FORTE DAS MERCÊS
 - REDUTO DA ALFANDEGA
 - FORTE DE STA LUZIA
 
 - PORTUGAL
                        
- REINO DE PORTUGAL
 - CRISE SUCESSÓRIA
 - DINASTIA DE AVIZ
 - DINASTIA FILIPINA
 - QUESTÃO DINASTICA
 - DINASTIA BORGONHA
 - DINASTIA BRAGANÇA
 - REINO DE LEÃO
 - UNIÃO IBÉRICA
 - COND PORTUCALENSE
 - DITADURA MILITAR
 - HISTÓRIA PORTUGAL
 - INVASÃO ROMANA
 - C.CONSTITUCIONAL
 - REINO DO ALGARVE
 - RECONQUISTA
 - HIST.PENINS.IBÉRICA
 - GUERRA COLONIAL
 - HISPANIA
 - HENRIQUE DE BORGONHA
 - COMBOIOS DE PORTUGAL
 
 - PALÁCIOS DE PORTUGAL
 - REIS DE PORTUGAL
                        
- D.AFONSO HENRIQUES
 - D.SANCHO I
 - D AFONSO II
 - D.SANCHO II
 - D.AFONSO III
 - D.DINIS
 - D.AFONSO IV
 - D.PEDRO I
 - D.FERNANDO
 - D.JOÃO I
 - D.DUARTE
 - D.AFONSO V
 - D.JOÃO II
 - D.MANUEL I
 - D.JOÃO III
 - D.SEBASTIÃO
 - D. HENRIQUE I
 - D.FILIPE I
 - D.FILIPE II
 - D.FILIPE III
 - D.JOÃO IV
 - D.AFONSO VI
 - D JOÃO V
 - D.PEDRO II
 - D.JOSÉ I
 - D.MARIA I
 - D.PEDRO III
 - D.JOÃO VI
 - D.PEDRO I DO BRASIL
 - D.MARIA II
 - D MIGUEL I
 - D.PEDROV
 - D.LUIS I
 - D.CARLOS I
 - D.MANUEL II
 
 - DITADURA E OPOSIÇÃO
                        
- PIDE
 - OPOSIÇÃO Á DITADURA
 - ROLÃO PRETO
 - CAMPO DO TARRAFAL
 - CAPELA DO RATO
 - REVOL.DOS CRAVOS
 - CADEIA DO ALJUBE
 - REVIRALHISMO
 - COMUNISMO
 - CENS.EM PORTUGAL
 - O ESTADO NOVO
 - INTEGRALISMO
 - CATARINA EUFÉMIA
 - ALVARO CUNHAL
 - FRANCISCO RODRIGUES
 - PADRE ALBERTO NETO
 - HENRIQUE GALVÃO
 - MOVIMENTO SINDICALISTA
 - O P.R.E.C EM CURSO
 - 6 DE JUNHO DE 1975
 
 - FILOS PORTUGUESES
 - MOST. DE PORTUGAL
 - NAV.E EXPLORADORES
 - ESCRIT.E POETAS  
                        
- CESÁRIO VERDE
 - TOMÁS GONZAGA
 - ALVES REDOL
 - LOPES DE MENDONÇA
 - EÇA DE QUEIRÓS
 - AFONSO L VIEIRA
 - JOÃO DE DEUS
 - FLORBELA ESPANCA
 - MIGUEL TORGA
 - BOCAGE
 - FERNANDO NAMORA
 - GIL VICENTE
 - VITORINO NEMÉSIO
 - FRANCISCO LEITÃO
 - MIGUEL L ANDRADA
 - FRANCISCO MELO
 - FELICIANO CASTILHO
 - CAMILO C. BRANCO
 - IRENE LISBOA
 - JORGE DE SENA
 - ANTERO DE QUENTAL
 - SOFIA MELO BREYNER
 - ALMEIDA GARRET
 - GUERRA JUNQUEIRO
 - TIÓFILO BRAGA
 - PINHEIRO CHAGAS
 - FRANCISCO DE MIRANDA
 - ALBERTO CAEIRO
 - JOSÉ REGIO
 
 - DESCOBRIMENTOS
 - IGREJAS E CONVENTOS
 - ACONTECIM.E LENDAS
 - ORDENS RELIGIOSAS
 - ORIG.PORTUGUESAS
 - HISTÓRIAS MILITARES  
                        
- HIST M DE PORTUGAL
 - H.MILITAR DO BRASIL
 - BATALHA DE OURIQUE
 - BATALHA DE TOLOSA
 - CERCO DE LISBOA
 - BATALHA VILA FRANCA
 - GUERRA LARANJAS
 - BATALHA SALADO
 - CERCO DE ALMEIDA
 - CORTES DE COIMBRA
 - MONARQUIA DO NORTE
 - HISTÓRIA MILITAR
 - BATALHA DO SABUGAL
 - BATALHA FUENTE ONORO
 - BATALHA DE ALBUERA
 - GUERRA RESTAURAÇÃO
 - BATALHA DOS ATOLEIROS
 - BATALHA DE MATAPÃO
 - GUERRAS FERNANDINAS
 - COMBATE DO CÔA
 
 - VINHOS DE PORTUGAL
 - HISTÓRIA DE CIDADES
 - ARTE EM PORTUGAL
 - PORTUGAL NO MUNDO
 - RIOS E PONTES
 - PORTUGUESES NOBRES
 - PRÉ HISTÓRIA
 - CULTURA VARIADA
                        
- LITERAT PORTUGUESA
 - MONARQUIA
 - MARTIN MONIZ
 - SALINAS DE RIO MAIOR
 - HOSPIT.DONA LEONOR
 - PINTURAS PORTUGAL
 - AVIAD.DE PORTUGAL
 - ALDEIAS HISTÓRICAS
 - AZULEJO PORTUGUÊS
 - RENASC EM PORTUGAL
 - AQUED ÁGUAS LIVRES
 - LINGUA PORTUGUESA
 - MONTANHA DO PICO
 - APARIÇÕES DE FÁTIMA
 - GUILHERMINA SUGIA
 - MILAGRE DO SOL
 - ESTAÇÃO DE SÃO BENTO
 - PANTEÃO DOS BRAGANÇAS
 
 - SANTOS E BEATOS
 - GOVERNAD DA INDIA
 - FADOS E TOIROS
 - POESIA E PROSA
 - RAINHAS DE PORTUGAL
                        
- ESTEFANIA JOSEFA
 - MARIA LEOPOLDINA
 - CARLOTA JOAQUINA
 - MARIA FRANC SABOIA
 - LEONOR TELES
 - JOANA TRASTÂMARA
 - MÉCIA LOPES DE HARO
 - AMÉLIA DE ORLEÃES
 - LEONOR DE AVIZ
 - AMÉLIA AUGUSTA
 - MARIA PIA DE SABOIA
 - LUISA DE GUSMÃO
 - BEATRIS DE PORTUGAL
 - INÊS DE CASTRO
 - MARIA VITÓRIA
 - LEONOR DA AUSTRIA
 - TERESA DE LEÃO
 - RAINHA SANTA ISABEL
 - FILIPA DE LENCASTRE
 - MARIA ANA DE AUSTRIA
 - MARIA SOFIA ISABEL
 
 - SETIMA ARTE
 - CURIOSIDADES
 - OFICIAIS SUPERIORES
 - PERS.DE PORTUGAL
 - UNIVERSI. COIMBRA
 - CONSELHEIROS REINO
 - NOV.ACONTECIMENTOS
                        
- REGENERAÇÃO
 - REGICIDIO
 - REVOL.28 DE MAIO
 - CONSTITUIÇÃO
 - INVAS NAPOLEÓNICAS
 - CONV DE ÉVORAMONTE
 - GUERRA CIVIL PORT.
 - INTERREGNO
 - COMBATE FOZ AROUCE
 - ALCÁCER QUIBIR
 - SUCESSÃO CASTELA
 - CEUTA E DIU
 - BATALHA DE ALVALADE
 - BATALHA DE ROLIÇA
 - BATALHA DO VIMEIRO
 - BATALHA DO PORTO
 - BATALHA DO BUÇACO
 - CERCO DO PORTO
 - BATALHA DE ALMOSTER
 - GUERRA DOS CEM ANOS
 - GUNGUNHANA
 - OCUPAÇÃO FRANCESA
 - PORTUGAL RECONQUISTA
 
 - ÁFRICA
                        
- RECONQ DE ANGOLA
 - G LUSO-HOLANDESA
 - REC.COLÓNAS PORT.
 - HISTÓRIA DE ANGOLA
 - GUERRA DE ANGOLA
 - GUERRA MOÇAMBIQUE
 - MOÇAMBIQUE
 - HIST GUINÉ BISSAU
 - CABO VERDE
 - S.TOMÉ E PRINCIPE
 - SÃO JORGE DA MINA
 - FORTE DE MAPUTO
 - PROVINCIA CABINDA
 - GUINÉ BISSAU
 - ANGOLA
 - CAMI DE F BENGUELA
 - ILHA DE MOÇAMBIQUE
 - ALCACER -CEGUER
 - ARZILA-MARROCOS
 - AZAMOR
 - BATALHA NAVAL GUINÉ
 - CONQUISTA DE CEUTA
 
 - CULTURA BRASILEIRA
 - HISTÓRIA DO BRASIL
                        
- PROCLA.DA REPÚBLICA
 - INCONFID.MINEIRA
 - REPUBLICA VELHA
 - NOVA REPÚBLICA
 - ERA VARGAS
 - GUERRA DO PARAGUAI
 - REVOLTA DA CHIBATA
 - BANDEIRANTES
 - GUER DOS EMBOABAS
 - FLORIANO PEIXOTO
 - FORÇA BRASILEIRA
 - GUERRA DO PRATA
 - REV.FILIPE SANTOS
 - REVOL. FEDERALISTA
 - CONFED.DO EQUADOR
 - INTENT.COMUNISTA
 - GUERRA CONTESTADO
 - ORIGEM NOME BRASIL
 - LUIS MARIA FILIPE
 - HISTÓRIA DE FORTALEZA
 
 - HISTÓRIA DO BRASIL I
 - HISTÓRIA DO BRASIL II
 - HISTÓRIA DO BRASIL III
                        
- ISABEL DO BRASIL
 - PEDRO II
 - BRASIL E ALGARVES
 - BRASIL COLONIA
 - TRANSFER. DA CORTE
 - HISTÓRIA CABRALINA
 - IMIG PORT NO BRASIL
 - QUESTÃO DINÁSTICA
 - CAPITANIAS DO BRASIL
 - GUE.INDEPENDENCIA
 - MALD BRAGANÇAS
 - INDEPEND DO BRASIL
 - CONDE DE BOBADELA
 - ABOLICIONISMO
 - PEDRO AUGUSTO SAXE
 - AUGUSTO LEOPOLDO
 - PERIODIZAÇÃO BRASIL
 - HISTÓRIA MINAS GERAIS
 - HISTÓRIA RIO JANEIRO
 
 - HISTÓRIA DO BRASIL IV
                        
- VULCÃO DE IGUAÇU
 - CRISTO REDENTOR
 - HISTÓRIA EDUCAÇÃO
 - QUINTA DA BOAVISTA
 - OURO PRETO
 - PAÇO IMPERIAL
 - COLONIZ. DO BRASIL
 - AQUEDUTO CARIOCA
 - B.JESUS MATOSINHOS
 - ALEIJADINHO
 - IGRJ SÃO FRANCISCO
 - CICLO DO OURO
 - TIRADENTES
 - REPUBLICA DA ESPADA
 - ESTADO DO BRASIL
 - BRASIL DIT. MILITAR
 - HIST.ECON.DO BRASIL
 - INVASÕES FRANCESAS
 
 - BRASIL ESCRIT E POETAS
                        
- ANDRÉ JOÃO ANTONIL
 - JORGE AMADO
 - CAMILO LIMA
 - LIMA BARRETO
 - JOSÉ BONIFÁCIO
 - ALPHONSUS GUIMARAENS
 - ÁLVARES DE AZEVEDO
 - MARTINS PENA
 - CLARICE LISPECTOR
 - MÃE STELLA DE OXÓSSI
 - LUIS GAMA
 - XICO XAVIER
 - MACHADO DE ASSIS
 - MÁRIO DE ANDRADE
 - CARLOS DRUMONDE
 - MONTEIRO LOBATO
 - VINICIOS DE MORAIS
 - MARIANO DE OLIVEIRA
 - OLAVO BILAC
 - ORESTES BARBOSA
 
 - FORTES DO BRASIL
 - PERSONAG. MUNDIAIS
                        
- MAOMÉ
 - JESUS CRISTO
 - NAP. BONAPARTE
 - NICOLAU COPERNICO
 - ADOLFO HITLER
 - VLADIMIR LENIN
 - NELSON MANDELA
 - CONFÚCIO
 - MOISÉS
 - HOMERO
 - FRANCISCO PIZARRO
 - JÚLIO CESAR
 - ARISTOTELES
 - EUCLIDES
 - IMP. JUSTINIANO
 - ISABEL I INGLATERRA
 - PAULO DE TARSO
 - CESAR AUGUSTO
 - ALEXANDRE O GRANDE
 - THOMAS EDISON
 - PAPA URBANO II
 - MICHELANGELO
 - SALOMÃO
 - S.JOSÉ CARPINTEIRO
 - PLATÃO
 - MARIA MÃE DE JESUS
 - CARLOS MAGNO
 - EVA PERON
 - MARTINHO LUTERO
 - PINTOR EL GRECO
 - Mahatma Gandhi
 - PANDORA
 - CHARLES DARWIN
 - ZARATUSTRA
 
 - CIENCIA E CIENTISTAS
 - MUNDO CULTURAL
                        
- CULTURA DE PORTUGAL
 - CULTURA DA ALEMANHA
 - CULTURA DA GRÉCIA
 - CULTURA DO BRASIL
 - CULTURA DA CHINA
 - CULTURA ANGOLANA
 - CULTURA DA FRANÇA
 - CULTURA DA RUSSIA
 - CULTURA DA ESPANHA
 - CULTURA DA ITÁLIA
 - CULTURA INGLESA
 - CULTURA AMERICANA
 - CULTURA DA INDIA
 - CULTURA DO IRÃO
 - CULTURA DE MACAU
 - CULTURA DE ISRAEL
 - CULTURA DA INDONÉSIA
 
 - HISTÓRIA DAS ARTES
 - MÚSICOS E CANTORES
 - SANTA INQUISIÇÃO
 - DEIXE SEU COMENTÁRIO
 - CONTACTOS
 
![]()
Guerra Luso-Holandesa
A Guerra Luso-Holandesa por vezes também referida como Guerra Luso-Neerlandesa foi um conflito armado entre forças Holandesas da Companhia Holandesa das Índias Orientais ou VOC e da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais ou WIC, com o Império e colónias portugueses. Entrou para a História como o primeiro grande conflito à escala planetária.
Travada de 1595 a 1663, caracterizou-se principalmente pelas invasões das companhias majestáticas holandesas aos territórios do império português nas Américas, África, Índia e extremo oriente. Os confrontos foram iniciados durante a dinastia Filipina, a pretexto da Guerra dos Oitenta Anos, travada então, na Europa, entre a Espanha e os Países Baixos. Portugal foi envolvido no conflito por estar sob a coroa Espanhola dos Habsburgos, durante a chamada União Ibérica, mas os confrontos ainda perduraram, mesmo vinte anos após a Restauração da Independência 1640.
O conflito estaria pouco relacionado com a guerra na Europa, servindo principalmente o propósito de estabelecer um império ultramarino holandês, assim como o domínio do comércio das especiarias, aproveitando a vulnerabilidade dos Portugueses. Forças Inglesas, rivais de Espanha e livres da aliança que os ligava aos portugueses durante a União Ibérica, também auxiliaram os holandeses em certos momentos, até à restauração, altura em que a aliança voltou vigorar.
A guerra resultou na perda do domínio português no oriente e na fundação do império colonial holandês nos territórios conquistados. As ambições holandesas noutros teatros de competição económica, como o Brasil e Angola, foram em grande parte invertidas pelos esforços Portugueses. Os interesses Ingleses beneficiaram também do conflito prolongado entre os seus dois principais rivais no oriente.
Antecedentes
Em 1581, um ano após a União Ibérica, os territórios que formavam a União de Utrecht, também sob domínio dos Habsburgos, revoltaram-se e depuseram Filipe II de Espanha declarando a República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos. Após a derrota da Invencível Armada espanhola em 1588 deu-se uma enorme expansão do comércio marítimo, com os holandeses a transpor a revolta para os domínios marítimos espanhóis. O império português, sem autonomia e formado sobretudo de assentamentos costeiros, vulneráveis a ser tomados um a um, tornou-se um alvo fácil.
O surgimento da potência marítima holandesa foi rápido e extraordinário: durante anos, marinheiros holandeses haviam participado em viagens portuguesas ao oriente. Jan Huygen van Linschoten, que vivera em Lisboa, teria recolhido relatos, informação e mapas, ao integrar a comitiva de frei Vicente da Fonseca, em 1583, que fora nomeado arcebispo de Goa. Em 1598, regressaria aos Países Baixos, onde publicou as suas observações sobre o oriente e a navegação. Cornelis de Houtman, que também passara por Lisboa, seguiria as suas indicações na primeira viagem exploratória holandesa, assinando um tratado com o sultão que dominava o estreito de Sunda, entre Java e Sumatra.
Os Países Baixos são geralmente considerados como o agressor, pois o seu ataque às possessões Portuguesas foi unilateral, e a iniciativa da guerra coube sempre ao lado holandês. Por outro lado, poderia ser invocado que, estando Portugal sob domínio Espanhol durante o curso da maior parte do conflito depois de herdada a coroa de Portugal por Filipe II de Espanha e dado que a Espanha combatia os holandeses na Flandres, tentando sufocar a guerra da independência dos Países Baixos, parece legítimo que os holandeses levassem a guerra a todos os cantos do Império Espanhol. Esse argumento é, entretanto, contrariado pelo facto de a Guerra Luso-Holandesa ter prosseguido depois da Restauração Portuguesa 1640. Como será visto mais à frente, a verdadeira motivação da guerra foi a tentativa holandesa de tomar o controle do comércio de especiarias da Índia, o que não é consistente com nenhuma justificação técnica de defesa militar.
![]()
Casus Belli
Em 1602, foi fundada a Verenigde Oost-Indische Compagnie ou VOC, com o objectivo de partilhar os custos da exploração das Índias Orientais e eventualmente restabelecer o comércio das especiarias, vital fonte de rendimentos da novíssima República das Sete Províncias Unidas.
As Sete Províncias Unidas encontravam-se, na altura, em luta contra os Habsburgo pela sua independência, e a razão pela qual os holandeses procuraram apoderar-se do comércio das especiarias foi a sua sobrevivência económica: até à união das coroas Portuguesa e Espanhola, os mercadores Portugueses usavam os Países Baixos como plataforma para introdução das especiarias no norte da Europa, através de uma feitoria em Antuérpia, cidade forçada a render-se aos espanhóis em 1585. Depois de anexar Portugal, a Espanha declarou um embargo a todas as transacções comerciais com as Províncias Unidas, territórios secessionistas desde a União de Utrecht.
Isto significava que, a partir de então, todo o comércio seria feito através dos Países Baixos do Sul, os quais, de acordo com a União de Arras ou União de Utrecht eram fiéis ao monarca Espanhol e professavam o Catolicismo Romano, contrastando com o norte holandês, protestante. Isto significava ainda que os holandeses acabavam de perder o seu mais lucrativo parceiro comercial e a sua mais importante fonte de financiamento da guerra contra Espanha. Adicionalmente eles perderiam o seu monopólio de distribuição na França, no Sacro Império Romano-Germânico e norte da Europa. A sua indústria de pescas do Mar do Norte e as actividades comerciais cerealíferas no Báltico não seriam simplesmente suficientes para manter a República.
A West-Indische Compagnie WIC seria fundada, em 1621, para assegurar o monopólio do comércio com as colônias ocidentais. Sua criação foi uma iniciativa de calvinistas flamengos e brabanteses que se haviam refugiado na República das Sete Províncias, para escapar à perseguição religiosa,
Cronologia
1595 - Fechamento dos portos portugueses aos navios holandeses por ordem de Filipe II.
1597 - A guerra Luso-Holandesa começa com um ataque a São Tomé e Príncipe.
1603 - A nau portuguesa "Santa Catarina" foi capturada ao largo de Singapura pela recém criada Companhia das Índias Orientais VOC. O feito gerou protestos internacionais e serviu de pretexto para contestar a política de Mare Clausum, em defesa do Mare Liberum, o que daria sustentação ideológica para que os holandeses quebrassem vários monopólios comerciais para, em seguida, estabelecerem o seu próprio monopólio, mediante o uso da sua potência naval.
1605 - Mercadores da VOC capturaram o forte português de Ambão nas ilhas Molucas. No ano seguinte investiram sobre Malaca, que resistiu a um cerco de quatro meses.
1607 - Tentaram tomar Moçambique, sem sucesso.
1619 - A VOC conquista Jacarta, a que chamou Batávia, tornando-a a sua base no oriente. Nos vinte anos seguintes Goa e Batávia batalharam incessantemente entre si, como capitais dos rivais Estado Português da Índia e da VOC.
1622 - Macau, várias vezes atacada, resistiu à tentativa de conquistar a cidade, após dois dias de combate, no que seria a maior derrota holandesa.
1624 - Uma força de 26 navios de uma nova companhia criada em 1621, a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, ou WIC, sob o comando do Almirante Jacob Willekens e de Piet Hein conquista a cidade de Salvador Bahia, capital do Estado do Brasil. O Governador é capturado e o governo passa para as mãos de Johan van Dorth. A resistência portuguesa reorganiza-se a partir do Arraial do rio Vermelho, contendo os invasores no perímetro urbano de Salvador.
1625 - A Coroa espanhola envia uma poderosa armada luso-espanhola de cinquenta e dois navios com doze mil homens, sob o comando de Fadrique de Toledo Osório, conhecida como Jornada dos Vassalos. Esta bloqueia o porto de Salvador, obtendo a rendição holandesa. Nesse ano Piet Hein tentou um ataque à Vila de Vitória, na Capitania do Espírito Santo, que foi frustrado pela iniciativa da jovem Maria Ortiz. Ruma então a Luanda, que ataca.
![]()
1630 - A capitania de Pernambuco no Brasil é conquistada pela WIC, sob comando de Hendrick Lonck. O território ocupado é renomeado Nova Holanda, abrangendo sete das dezanove capitanias do Brasil à época. João Maurício de Nassau-Siegen foi nomeado Governador da colónia. No entanto, grande parte do Brasil permaneceu em mãos portuguesas, que foram uma constante ameaça ao domínio holandês.
1638 - Os holandeses tomaram São Jorge da Mina na Guiné, iniciando os ataques nos postos comerciais da costa oeste africana, visando assegurar escravos para a produção de açúcar nos territórios conquistados no Brasil.
1640 - Uma armada luso-espanhola falhou o desembarque em Pernambuco, sendo destruída perto de Itamaracá. A guerra pelo Brasil recomeça. Entretanto os holandeses conquistam São Tomé e Príncipe e Luanda, em Angola, centros fornecedores de escravos.
No mesmo ano começou a Guerra da Independência de Portugal, a União Ibérica termina e D. João IV de Portugal ascende ao trono. O rei enviou embaixadores a França, Inglaterra e à República Holandesa, visando formar parcerias com estes países na luta contra Espanha.
1640 - Ceilão seria cercada pela VOC partir de 1640.
1641 - A 12 de Junho foi firmado o primeiro Tratado de Haia, estabelecendo uma trégua de dez anos entre o Reino de Portugal e a República Holandesa. Foi um Tratado de Aliança Defensiva e Ofensiva entre ambas as partes. O tratado incluía a formação de uma frota conjunta destinada a atacar o Reino da Espanha. Na prática a trégua, originalmente firmada para todos os territórios de ambos impérios, limitou-se ao continente europeu, sendo ignorada por ambas as partes no resto do mundo:
1641 - A 14 de Julho, após uma dura luta que durou cinco meses, Malaca foi conquistada pelos holandeses da VOC, no que foi o culminar da guerra e o maior golpe no império português do oriente, privando-o do importante controlo do estreito.
1641 - Em Agosto Luanda é cercada e tomada pela WIC.
1642 - Os holandeses tomam o Axim, no actual Gana
1645 - Eclode a Insurreição Pernambucana de luso-brasileiros descontentes com a administração da WIC. Entre 1648-1649 são travadas as Batalhas dos Guararapes, vencidas pelos luso-brasileiros no Estado de Pernambuco. A primeira batalha ocorreu em 19 de Abril de 1648, e a segunda em 19 de Fevereiro de 1649. As forças lideradas pelos senhores de engenho André Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira, pelo africano Henrique Dias e pelo indígena Felipe Camarão, terminam as invasões holandesas do Brasil.
1648 - No Rio de Janeiro, Salvador Correia de Sá e Benevides prepara uma frota de 15 navios sob o pretexto de levar ajuda aos portugueses sitiados pelos guerreiros da Rainha Nzinga em Angola. Partiram do Rio de Janeiro a 12 de Maio e, através de contactos com padres Jesuítas, conseguiram reconquistar Luanda em 15 de Agosto. A campanha prolongou-se de 1648 a 1652, recuperando Angola e a ilha de São Tomé para os portugueses.
1650 - Os holandeses tomaram o Cabo da Boa Esperança. Em 1652, Jan van Riebeeck, da VOC, instalou aí uma base de apoio à navegação que permitia aos holandeses navegar directo para oriente, fundando a Cidade do Cabo.
1654 - Em 26 de Janeiro de 1654 é assinada a capitulação holandesa no Brasil, Capitulação do Campo do Taborda, no Recife, de onde partiram os últimos navios holandeses, que só provocaria efeitos plenos em 6 de Agosto de 1661, com o segundo Tratado de Haia.
1658 - Os últimos portugueses abandonam Ceilão, perdida para os holandeses.
1661 - É assinado o segundo Tratado de paz de Haia. Portugal aceitou as perdas na Ásia, comprometendo-se a pagar oito milhões de Florins, equivalente a sessenta e três toneladas de ouro, como compensação pelo reconhecimento da soberania portuguesa do Nordeste brasileiro, ex-Nova Holanda. Este valor foi pago em prestações, ao longo de quarenta anos e sob a ameaça de invasão da Marinha de Guerra. Neste ano Bombaim foi cedida à Inglaterra como dote do casamento entre a princesa Catarina de Bragança e Carlos II de Inglaterra.
1662 - Cochim é tomada pelos holandeses quebrando o acordo assinado. Os Holandeses, temendo perder os territórios já conquistados, acabariam por selar definitivamente a paz em 1663.
Implicações
Embora conseguindo recuperar o Brasil e importantes territórios em África, onde o império português viria a centrar-se nos anos seguintes, Portugal perdeu para sempre a proeminência no oriente. A Holanda consolidou a sua independência e formou o Império colonial holandês, abrindo caminho ao século de Ouro dos Países Baixos, apesar de grandes custos e perda de recursos melhor utilizados na prevenção da rivalidade económica Inglesa. A Inglaterra também saiu beneficiada porque derrotou a maior ameaça à sua autonomia através da sabotagem das rotas marítimas Espanholas, e porque conseguiu que os seus principais parceiros económicos e potenciais rivais entrassem em guerra entre si.
FONTE WIKIPÉDIA
                	
                	
                	
            	    















		















